“Guerra Santa” é, no dizer de Expavi, um álbum “sem meias palavras”, Rap no seu íntegro e com mensagens fortes ao tom de uma voz de revolta, luta e superação, ou seja, o hip hop de intervenção com o qual Expavi já acostumou o seu público.
Expavi acredita na reconciliação do mundo, no encontro da paz, interior e exterior, no contar da história como ela é. Reivindica melhor e maior conhecimento da África, pelas mãos dos africanos. Acredita que os cabo-verdianos devam deixar a bolha cor-de-rosa em que vivem e passem a enxergar a vida como ela realmente é.
“Guerra Santa” é o quarto álbum do rapper, Directamente de Zona,Chã de Alecrim, um bairro da ilha de São Vicente, conhecido sobejamente pelos demais que querem vender Cabo Verde lá fora, como o brasilin, a terra de morabeza, do turismo de sol, mar, música e festival da Baía, mas também da prostituição. Uma ilha cheia de fragilidades, igual a todas as restantes, mas que tem, no entanto, o que muitas ilhas não têm – muitos talentos por cada metro quadrado. A zona de Chã de Alecrim já foi apelidada, em tempos, como a fábrica de rappers e com razão. É de lá que têm saído os nomes mais sonantes do hip hop e do rap em Cabo Verde. Um deles é o já reconhecido nacionalmente como líder “Expavi”, nome artístico de Jair Almeida, que também criou a Senzala Records.
Expavi sempre acostumou o público com letras penetrantes e que chegam a perfurar a alma, com “as verdades das mentiras” como já cantou no “História k nunca ess contob”. Agora é com “Guerra Santa”, depois de lançar em 2015 o “K1 class da gaita” que quer regressar às mensagens mais “cortantes” para acordar o povo.
Fonte: Underground Lusofono
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